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Notícia - MP investiga rede de escravidão doméstica em São Paulo
MP investiga rede de escravidão doméstica em São Paulo
FamÃlias paulistanas de alto poder aquisitivo podem estar envolvidas em uma rede de tráfico humano que traria mulheres estrangeiras para trabalho doméstico “em condições análogas à escravidãoâ€. É o que investiga o Ministério Público do Trabalho de São Paulo.
A investigação começou após a denúncia de uma filipina que em 2014 recebeu uma proposta de trabalho doméstico no Brasil com a promessa de que receberia salário de cerca de R$ 2.000, passagens de graça e direito a residência fixa após dois anos de trabalho sob uma carga horária de 44 horas semanais.
A mulher, porém, relatou ao MP ter sido privada de liberdade, passado fome e não ter recebido o salário que lhe prometeram. Além disso, segundo ela, a jornada de trabalho chegava a 14 horas diárias e não raro sem descanso semanal.
A partir deste caso, o MP seguiu com as investigações e descobriu que 180 casas de famÃlia da capital e da região metropolitana têm filipinas como empregadas domésticas, provavelmente nas mesmas condições da denunciante. O MP chegou a suas agências, a Global Talent e a Nana Filipina, que fazem a “intermediação†entre as famÃlias brasileiras e as mulheres filipinas.
As duas agências assinaram um termo de regularização de todos os trabalhadores que trazem para o Brasil, mas, agora em 2017, surgiram dois novos casos de filipinas trabalhando “em condições análogas à escravidão†em São Paulo, e o MP voltou à investigação.
Fonte: G1
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